Resumo
Objetivo
A literatura sobre a segurança e as sequelas no longo prazo da drenagem transretal e transvaginal do abscesso pélvico é limitada. Avaliamos os resultados e a segurança da drenagem do abscesso pélvico por radiologia intervencionista em nossa instituição.
Métodos
Após obter a aprovação do conselho de revisão institucional, avaliamos retrospectivamente os resultados da drenagem de abscessos pélvicos transretais e transvaginais por meio de tomografia computadorizada, ultrassom endorretal, e/ou fluoroscopia.
Resultados
Participaram do estudo 26 pacientes, com faixa etária de 24 a 88 anos, dos quais 53,8% eram homens. Um total de 46,1% eram afro-descendentes, e 26,9% eram brancos. O índice de massa corporal médio foi de 28,4 (gama: 15,6 a 41,9). A etiologia mais comum foi lesão abdominal penetrante (27%), seguida de apendicectomia (23%), doença diverticular (11,5%), fístula anastomótica (11,5%) e distúrbios de causas ginecológicas (11,5%). O diâmetro médio do abscesso foi de 6,3 cm(gama: 3,3 a 10,0 cm). A drenagem transretal foi realizada em todos os pacientes, com exceção de uma, que foi submetida a uma drenagem transvaginal. A ultrassonografia transretal foi utilizada para drenagem em 92,3% dos casos, e a fluoroscopia como modalidade adicional de imagem, em 75% dos casos. Um catéter duplo J de 8 ou 10 Fr foi usado em>80% dos pacientes. Os drenos foram retirados entre 2 e 7 dias em 92,3% dos casos. O acompanhamentomédio foi de 30,4meses (gama: 1 a 107 meses), e nenhuma complicação de longo prazo foi relatada. Apenas um paciente necessitou de intervenção cirúrgica subsequente para um vazamento anastomótico.
Conclusão
A drenagem do abscesso pélvico por via transretal com orientação radiológica é um procedimento seguro e eficaz.
Palavras-chave:
transretal; transvaginal; abcesso pélvico; drenagem intervencionista