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Pontos de corte mais altos para o número de linfonodos coletados não predizem melhor prognóstico em pacientes com câncer de cólon

RESUMO

Fundamento:

O limite atual para a coleta mínima de linfonodos pode não ser adequado para o estadiamento adequado no câncer de cólon e novas técnicas cirúrgicas podem permitir que um número maior de linfonodos seja coletado. O objetivo deste estudo foi examinar o papel prognóstico da coleta e exame de linfonodos em número maior do que o limite recomendado (≥ 12), em pacientes com câncer de cólon.

Método:

Este estudo retrospectivo incluiu 179 pacientes submetidos à ressecção aberta de cólon para adenocarcinoma de cólon. A ressecção D3 com ligadura vascular alta foi realizada para que um grande número de linfonodos fosse removido na maioria dos pacientes. As diferenças na sobrevida global entre abaixo e acima de três pontos de corte (≥ 18, ≥ 24, ≥ 40) foram estimadas.

Resultados:

Durante a mediana de 33 meses de seguimento, 45 pacientes morreram e a sobrevida global média foi de 108,7 ± 5,6 meses (IC 95%: 97,7-119,7). O número médio de linfonodos coletados e examinados foi de 44,0 ± 25,7 (mediana = 38; variação: 7-150). Nenhum efeito significativo foi encontrado para três valores de corte diferentes (≥ 18, ≥ 24 ou ≥ 40 linfonodos) na sobrevida global média (p >0,05 para todas as comparações). O mesmo foi verdadeiro para toda a população do estudo, bem como para os subgrupos de pacientes N0 (N negativos) e N1-2 (N positivos), quando analisados separadamente.

Conclusões:

Nossos achados não apoiam o benefício na sobrevida de um número substancialmente maior de linfonodos coletados no câncer de cólon.

Palavras-chave:
Câncer de colo; Coleta de linfonodo; Sobrevivência geral; Prognóstico; Número de linfonodos examinados

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