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Grampos retidos ou expelidos em seguida à cirurgia transanal com grampeador: eis aí o problema!

RESUMO

Objetivo do estudo:

Avaliar a presença e persistência dos agrafes ao nível da linha de aplicação dos grampos, em seguida à cirurgia transanal com grampeador.

Métodos:

De abril até dezembro de 2016, 113 pacientes com seguimentos variáveis (6 meses-10 anos) foram aleatoriamente selecionados entre todos os pacientes tratados com cirurgia transanal com grampos para tratamento de hemorroidas ou de transtornos funcionais, por exemplo, síndrome de evacuação obstruída. Apenas 87 pacientes concordaram em participar do estudo. Todos os pacientes passaram por exploração digital, anoscopia e ultrassonografia transanal tridimensional de 360°.

Resultados principais:

Foram realizados diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos transanais com grampeador: 48 ressecções retais transanais com uso de grampeador de grande volume, 24 hemorroidopexias com grampeador, 8 hemorroidopexias com grampos duplos e 7 procedimentos com grampeador Transtar. Em 41,4% dos tratamentos, não foi possível identificar a linha de grampeamento com exame digital ou com anoscopia, e em 17,2% dos pacientes alguns grampos foram expelidos para o lúmen. A ultrassonografia transanal tridimensional de 360° revelou uma linha de grampeamento completo na junção anorretal, assumindo o aspecto de uma camada circular hiperecoica interrompida.

Conclusão:

Em seguida à cirurgia transanal com grampeamento, os grampos permanecem ao nível da linha de grampeamento, independentemente do tipo de grampeador usado pelo cirurgião, o que torna necessária uma linguagem compartilhada e adequada; de fato, os grampos soltos devem ser considerados como expelidos, em lugar de retidos.

Palavras-chave:
Ressecção transanal com grampeador; Hemorroidas; STARR; ODS; Grampos

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