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Importância da capacidade vital lenta na detecção de obstrução das vias aéreas* Trabalho realizado na Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa e no Centro Hospitalar Lisboa Norte, Hospital Pulido Valente, Lisboa, Portugal.

OBJETIVO:

Investigar a ocorrência de obstrução das vias aéreas por meio da relação VEF1/CVF e da relação VEF1/capacidade vital lenta (CVL).

MÉTODOS:

Estudo do tipo quantitativo, retrospectivo e transversal. A amostra foi constituída por 1.084 indivíduos que realizaram espirometria e pletismografia num hospital central da região de Lisboa, Portugal. A amostra foi estratificada em seis grupos funcionais respiratórios.

RESULTADOS:

A análise da relação VEF1/CVF revelou a presença de obstrução das vias aéreas em 476 indivíduos (43,9%), enquanto a relação VEF1/CVL detectou a presença dessa em 566 indivíduos (52,2%). A diferença entre a CVL e a CVF (CVL − CVF) nos grupos relativos à obstrução brônquica, à obstrução brônquica com hiperinsuflação pulmonar e à alteração ventilatória mista foi estatisticamente superior àquela encontrada nos grupos sem alteração ventilatória, com diminuição dos FEFs e com restrição pulmonar. O parâmetro CVL − CVF apresentou correlação negativa significativa com VEF1 em % do previsto apenas no grupo com obstrução brônquica com hiperinsuflação pulmonar.

CONCLUSÕES:

A relação VEF1/CVL detectou a presença de obstrução das vias aéreas em um número maior de indivíduos que a relação VEF1/CVF, ou seja, a relação VEF1/CVL é mais confiável na detecção de alterações ventilatórias obstrutivas.

Obstrução das vias respiratórias; Espirometria; Pletismografia


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