RESUMO
Introdução:
Leucemia mieloide crônica (LMC) é uma desordem genética de células-tronco hematopoiéticas, resultando em uma expansão mieloproliferativa das células sanguíneas. A LMC está associada à presença do cromossomo Philadelphia (Ph), o que gera um oncogene (BCR-ABL). Atualmente, o tratamento de primeira escolha é o mesilato de imatinibe (MI).
Objetivo:
Correlacionar os níveis séricos de MI com parâmetros hematológicos em pacientes com LMC.
Método:
Estudo transversal retrospectivo em pacientes com LMC em tratamento. O nível sérico de MI foi determinado por um sistema de cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD), e a análise estatística foi realizada no programa SPSS versão 20.0.
Resultados:
Foram estudados 55 pacientes - 24 homens (43,6%) e 31 mulheres (56,4%) - com média de idade de 54 anos, portadores de LMC que utilizavam MI. Destes, 45 encontravam-se em fase crônica (81,6%); sete, em fase acelerada (13,1%) e três, em crise blástica (5,2%). Os pacientes em questão receberam uma média de dose do MI de 434 mg/dia. O nível sérico dos pacientes apresentou média de 1.092 ± 617 ng/ml e, ao todo, 47 pacientes (85,4%) apresentaram resposta hematológica (RH).
Conclusão:
Não houve correlação do número de leucócitos, plaquetas e hemoglobina com o nível sérico de MI, embora exista uma tendência observada com relação à hemoglobina (p = 0,062).
Unitermos:
leucemia mieloide crônica; mesilato de imatinibe; inibidor da tirosina quinase; resultado de tratamento