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Renoir: a dor passa, mas a beleza permanece

NOSSA CAPA

Renoir: a dor passa, mas a beleza permanece

Pierre-Auguste Renoir nasceu em Limonges, França, no dia 25 de fevereiro de 1841. Seu pai era alfaiate e mudou-se para Paris quando o pequeno Pierre tinha apenas 3 anos. Aos 14 anos, o jovem artista entrou como aprendiz em uma firma de pintores de porcelana; depois pintou estampas religiosas em tecidos. Seu talento recebeu nova direção quando ele ingressou na École des Beaux-Arts, no ateliê de Charles Gleyre, onde conheceu outros jovens pintores como Claude Monet, Frédéric Bazille e Alfred Sisley.

Em 1874, cansados de serem rejeitados pelo salão oficial, vários desses artistas, inclusive Renoir, Monet e Sisley, organizaram sua própria exposição. Renoir incluiu sete quadros nesta mostra, que não foi um sucesso financeiro, mas concedeu aos pintores o título de Impressionistas, termo que no início era usado como forma de ridicularizá-los. Para sobreviver, Renoir pintava retratos convencionais. Na segunda Exposição Impressionista, em 1876, Renoir apresentou 15 trabalhos. Nesse período, seus quadros estavam agradando cada vez mais. Algumas de suas obras alcançaram enorme sucesso no salão de 1879.

Em 1881, Renoir viajou à Itália, onde ficou tão impressionado com o trabalho dos renascentistas italianos que chegou à conclusão de que nada sabia sobre desenho e muito pouco sobre pintura. A parti daí, ele firmaria seu traço e abandonaria aos poucos a maneira impressionista de aplicar as tintas em pequenas pinceladas, passando a usar o método tradicional de espalhá-las em camadas e vernizes. Nessa fase de viagens, ele também visitou a Argélia, onde ficou fascinado com o ambiente exótico e a luminosidade.

Renoir, então, concentrou-se em criar suas próprias e novas técnicas. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que havia aprendido sobre cor durante seu período impressionista com os métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas.

Em 1885 nasceu Pierre, filho de Renoir e Aline Charigot, há muito sua amante e modelo. Três anos depois, Renoir descobriu Cagnes-sur-Mer, lugar que passou a ser sua residência de inverno após começar a sofrer de artrite e reumatismo. Passava longos períodos no sul com Aline, que nesse tempo teve mais dois filhos: Jean e Claude (Coco), nascidos em 1894 e 1901.

Com a piora da artrite, Renoir sentia cada vez mais dificuldades para segurar os pincéis e acabou tendo de amarrá-los a suas mãos. Começou também a esculpir, na esperança de poder expressar seu espírito criativo por meio da modelagem. Criou Venus Victrix, em 1915, e Lavadeira de Cócoras, em 1917.

Apesar das graves limitações físicas, Renoir continuou trabalhando até o último dia de sua vida. Em agosto de 1919, visitou Paris pela última vez, onde teve uma grande alegria: seu quadro Retrato de Madame Charpentier, foi comprado pelo governo francês e exposto no Museu do Louvre. Três meses depois, em 3 de dezembro, Renoir faleceu em Cagnes-sur-Mer aos 78 anos, deixando uma pequena natureza morta com duas maçãs inacabada no cavalete.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Jul 2010
  • Data do Fascículo
    Abr 2010
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