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Relação entre presença de metástases hepáticas com grau histológico, profundidade de invasão e envolvimento nodal no adenocarcinoma esporádico de intestino grosso

RESUMO

Introdução:

O adenocarcinoma de intestino grosso (AIG) é o tumor maligno mais frequente do trato digestivo e corresponde à quinta neoplasia maligna mais comum no Brasil. Os principais fatores prognósticos do AIG são profundidade de invasão neoplásica e status dos linfonodos periviscerais.

Objetivo:

Estimar a relação entre achados anatomopatológicos e presença de metástases hepáticas (MH) em casos de AIG.

Método:

Foram avaliados 51 casos de AIG, previamente submetidos à ressecção cirúrgica, e determinadas as seguintes variáveis: topografia, tamanho tumoral, conformação macroscópica, grau histológico, profundidade de invasão, status nodal e presença de MH.

Resultados:

A média de idade correspondeu a 64,8 anos, com predomínio de homens (n= 26/51,0%) e lesões do cólon sigmoide (n = 18/35,3%). Lesões ulcerovegetantes (n = 20/39,2%), tumores não anelares (n = 3/64,7%), neoplasias moderadamente diferenciadas (n = 44/86,3%), ausência de áreas mucoprodutoras (n= 40/78,4%) e invasão do mesocólon (n = 29/56,9%) foram as principais características gerais da amostra. MH foram encontradas em 14 casos (27,5%), estando associadas à presença de metástases nodais (p = 0,005). Tamanho tumoral (p = 0,72), configuração macroscópica (p = 0,362), grau histológico (p = 0,147) e profundidade de invasão (p = 0,195) não apresentaram associação com a presença de MH.

Conclusão:

O AIG apresenta heterogeneidade anatomopatológica ampla. No presente estudo, a presença de MH associadas ao AIG esteve relacionada com o status dos linfonodos periviscerais, não havendo relação com tamanho tumoral, grau de diferenciação e profundidade de invasão, sugerindo que a identificação de invasão neoplásica angiolinfática é possível fator preditivo do envolvimento hepático.

Unitermos:
adenocarcinoma; metástase neoplásica; neoplasias colorretais; patologia; prognóstico

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