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Aplicação do índice de relação aspartato aminotransferase sobre plaquetas (APRI) na diferenciação de infecção primária e secundária pelo vírus da dengue

RESUMO

INTRODUÇÃO:

A infecção pelo vírus da dengue (DENV) é considerada um grande problema de saúde pública nos países tropicais. A indisponibilidade de testes sorológicos em centros de saúde pública pode afetar negativamente o prognóstico do paciente.

OBJETIVO:

Este estudo teve como objetivo avaliar a precisão do volume médio de plaquetas (MPV) e o índice da relação de aspartato aminotransferase (AST) sobre plaquetas (APRI) como marcadores laboratoriais de infecção por DENV, que poderiam ser utilizados para diferenciar infecções primárias e secundárias.

MÉTODOS:

Foram avaliados os resultados laboratoriais de 503 pacientes com teste rápido positivo para infecção por DENV.

RESULTADOS:

Foram observadas trombocitopenia grave e disfunção hepática em pacientes com infecção secundária heterogênea por DENV. Nossos dados sugerem que o APRI foi capaz de distinguir os pacientes com infecção primária e secundária (p = 0, 006), com relevante sensibilidade (75%) e especificidade (76%) e corte de 1, 06. Um total de 80 de 105 (76%) pacientes com infecção primária por DENV tinha APRI ≤ 1, 06; e 12 (75%) com infecção secundária por DENV, APRI > 1, 06. Por outro lado, o MPV não mostrou significância na diferenciação de tipos de infecção, apresentando baixo valor da área sob a curva de característica de operação do receptor (ROC) (0, 61).

CONCLUSÃO:

APRI parece ser uma ferramenta poderosa para identificação precoce de casos de infecção secundária de DENV em centros de saúde.

Unitermos:
dengue; aspartato aminotransferases; diagnóstico; contagem de plaquetas

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