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Determinação da carga viral de DNA de HPV pelo ensaio de captura híbrida e sua associação com achados citológicos

OBJETIVO: Comparar a relação entre a carga viral do HPV por captura híbrida II (HCII) e os achados citológicos. METODOS: Trezentas e sessenta e duas amostras reagentes para DNA de HPV por HCII tiveram suas cargas virais classificadas em quatro categorias e correlacionadas aos resultados citológicos. RESULTADOS: Vinte e duas amostras (6,1%) foram reagentes somente para os tipos de baixo risco oncogênico (grupo A) e 340 (93,9%) foram reagentes para os tipos de alto risco oncogênico (grupo B). A correlação entre carga viral das amostras reagentes para o grupo A e resultados citológicos mostrou predominância (50%) de lesão escamosa intraepitelial de baixo grau (LSIL). A maioria das amostras desse grupo teve carga viral entre 1 e < 10RLU/PCA. Nos pacientes reagentes para o grupo B observamos que 52,1% tiveram citologia LSIL e 38,2% tiveram citologia negativa para lesão intraepitelial e malignidade (NILM). Os pacientes com LSIL tiveram a carga viral bem distribuída, com ligeira predominância da categoria de 100 a < 1.000RLU/PCB. As amostras com carga viral entre 1 e < 10RLU/PCB mostraram predominância de citologia NILM (48.1%). Lesões escamosas de alto grau (3,4%) foram presentes nas amostras com carga viral entre 100 e < 1.000RLU/PCB (p = 0,023). Houve correlação entre a mediana da carga viral para o grupo B e os resultados LSIL/HSIL. CONCLUSÕES: A quantificação da carga viral, principalmente para os tipos de HPV de alto risco oncogênico, pode ser uma ferramenta útil para o acompanhamento de pacientes com lesões suspeitas.

Papilomavírus humano; Carga viral; Citologia


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