O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do controle de placa supragengival sobre os parâmetros clínicos e bioquímicos da periodontite crônica. Foram selecionados 25 pacientes apresentando pelo menos 4 sítios com profundidade de sondagem > 5 mm, não fumantes e sem alterações sistêmicas relevantes. A avaliação clínica e bioquímica foi feita antes e 21 dias após a remoção dos fatores retentivos de placa, exodontia dos dentes condenados e instrução de higiene bucal. A análise estatística foi feita através do teste t de Student pareado (p<0,05) e demonstrou redução da porcentagem de sítios com sangramento à sondagem de 42,72 ± 15,83 para 35,87 ± 13,30 (p=0,002). Redução na profundidade de sondagem foi observada nos dentes anteriores (média inicial/final: 2,88 mm/2,78 mm; p=0,01) e faces interproximais (média inicial/final: 3,80 mm/3,65 mm; p=0,001). Houve aumento de 66,81% para 68,65% (p=0,03) no número de sítios com profundidade de sondagem de 1 a 3 mm e redução de 26,21% para 24,17% (p=0,04) nos de 4 a 6 mm. O valor do BAPNA apresentou redução de 51,44 ± 20,78 para 38,64 ± 12,34 (p=0,04). Baseado nesses achados pôde-se concluir que o controle de placa supragengival tem efeitos benéficos, principalmente relacionados à redução da inflamação gengival e da atividade de enzima tipo tripsina no biofilme subgengival (BAPNA).
Placa supragengival; Microbiota subgengival; Periodontite
