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Variabilidade temporal da macrofauna bentônica na praia do Cassino, extremo sul do Brasil

A variabilidade temporal da macrofauna bentônica na praia do Cassino, Rio Grande do Sul, Brasil, foi estudada durante o período de um ano (junho 2004 a maio de 2005) com base em coletas mensais. Escolheram-se três locais, distantes 50m um do outro, sendo que em cada local foram fundadas três transversais 2m eqüidistantes. Cada transversal se estendeu desde a base das dunas primárias até aproximadamente 1m de profundidade no infralitoral. A distância dos níveis de coleta em cada transversal foi de 20m até o limite superior da zona de varrido, a partir do qual a distância foi de 10m. A variação temporal da abundância da macrofauna bentônica, constatada no presente trabalho pode ser atribuída a (1) efeitos positivos decorrentes dos picos de recrutamento e migração de determinadas espécies para a zona de varrido e a (2) efeitos negativos como a migração de algumas espécies para águas mais profundas, a (3) mortalidade por causas naturais (embancamento e ação dos predadores) e (4) antrópicas (extrativismo e o trânsito de veículos). Ao recrutamento é atribuída a responsabilidade pela expressiva elevação da abundância da macrofauna bentônica. Já o embancamento, isto é, o aprisionamento dos organismos nas partes superiores da praia, provavelmente seja a principal causa das abruptas quedas nas abundâncias do macrozoobentos.

Praias arenosas; macrofauna bentônica; variabilidade temporal; praia do Cassino


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