|
Descrição pormenorizada
|
|
Figuras de linguagem
|
| o homem de cabelos brancos até os ombros |
sem saber se voltaria vivo para casa |
| ar de garotão reforçado pelos óculos escuros servindo de tiara |
sopa lamacenta |
| um senhor que falava demais e contador nato de "causos", como ele |
jornada é pesada |
| ponto de encontro de autoridades durante a semana e de jovens e famílias aos sábados e domingos. |
todas estão mudas |
| com o celular em punho |
nacos de montanha |
| Sem dizer uma palavra |
desceria engolindo tudo |
| perambulando pela praça |
olha ao redor e não vê nada |
| Uma espécie de central de crise improvisada se forma no pátio do bar do Nô, um espaço ao ar livre à beira do rio cheio de mesas e cadeiras reservados para interessados em jogar conversa fora e espantar o tédio |
a água já tinha arrasado |
| Ele ainda colecionava uma série de contatos de clientes da época em que vendia carne de porta em porta naquela região. |
a lama não ia deixar por menos. |
| lhe vieram imediatamerte à mente |
Já era. |
|
|
heróis locais |
|
Énfase/intensídade
|
a lama já lambe a entrada do povoado |
| O chão treme. |
meia palavra bastava |
| sente a terra tremer. |
um tsunami de lama é expelido da barragem |
| o vale de morros destruídos |
memórias e vidas |
| desesperada |
Os pássaros habituais da região eram pouco a pouco substituídos por helicópteros da polícia e de canais de TV |
| Pelo amor de Deus! |
simplesmente estacionar |
| mesmo quando ela tem tempo para agir. |
o mar de lama invade |
| Como assim? Como a barragem rompeu? |
Toninho Papagaio |
| indicativa da gravidade do problema |
não metia medo nem nas crianças |
| sal desembestada |
|
| A lama não demora a dizimar a região, enterrando carros, casas, pomares, galinheiros, jardins, fotografias, memórias e vidas |
Verbos de expressão subjetiva
|
| É algo quase inimaginável, mas tente visualizar |
Estava animado |
| vazando violenta e descontroladamente sobre a natureza |
pensou Toninho |
| O maior desastre ambiental da história do Brasil acontecia naquele momento. |
A Samarco era segura, garantiamos colegas |
| vivenciava uma tragédia, |
vive sozinho |
| A lama avançava impiedosamente. |
estranha |
| muito barro para simplesmente estacionar naquele distrito |
Renato teme |
| em tom desesperado. |
O pânico se instala |
| uma irreconhecível Bento Rodrigues |
apenas os avisos aflitos de colegas |
| completamente soterrada por um mar de lama |
vai arrasar Barra Longa |
| volume magistral de rejeitos |
insistir em descer |
| perdido a casa para o barro |
e se tranquiliza. |
| arrancou |
não metia medo nem nas crianças |
| arrastou |
aterrorizada |
| Se a água já tinha arrasado aquele lugar, a lama não ia deixar por menos. |
|
Fonte: Site Brio.
Fonte: Pesquisa do autor.