Resumo:
A Antropologia criou um relevante enfoque conceitual e metodológico para a pesquisa voltada ao entendimento das formas culturais relacionadas aos saberes a respeito da saúde e do sistema jurídico. No mundo contemporâneo, a antropologia da saúde e a antropologia jurídica são esferas com diversas linhas teóricas e benefícios diversificados. Pela importância dessas e de outras circunstâncias, é necessário realizar debates a respeito do Povo Indígena Tapuia no Cerrado goiano, principalmente a fim de compreender como esse povo desenvolve-se culturalmente, supera e resiste aos conflitos e às disputas pela terra, e para entender o desenvolvimento dos costumes dessa gente. Na atual pesquisa, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, descritiva, com caráter qualitativo, a partir de conversas em determinada comunidade. Acredita-se que a vivência do processo saúde-doença pelos indivíduos, sendo eles de aldeia indígena ou não, está enraizada em valores, crenças, práticas, representações, imaginários, significados, experiências individuais e coletivas, reafirmando o caráter sociocultural dos fenômenos que o compõem, além, é claro, de fatores biopsicológicos nele envolvidos. Conclui-se que adquirir conhecimento da história desses povos e procurar informações, sejam elas culturais, sejam elas jurídicas ou biológicas, que possam colaborar para uma comunicação e ação colaborativa mais contextualizadas, são pontes que necessitam ser estabelecidas para tornar mínima a distância entre agentes indígenas e não indígenas.
Palavras-chave:
indígena; saúde; direito; antropologia