Resumo
A imagem do cadáver humano em seus processos de decomposição post-mortem se tornou parte das manifestações culturais e artísticas no Ocidente a partir do surgimento dos temas macabros na Baixa Idade Média, em especial nas "Danças Macabras", entre outros. Verdadeira obsessão medieval, o corpo em putrefação reapareceria como objeto estético na literatura de horror do Romantismo, que se convencionou denominar "gótica". Dentre essa produção, destaca-se o chamado "roman-charogne", gênero que abusava da referência macabra, explorando as características do cadáver decomposto de maneira sem antecedentes. O artigo busca levantar esses exemplares e problematizar a presença do morto putrefato neles, que responderia a demandas específicas de suas épocas.
Palavras-chave
Macabro; Danças Macabras; roman-charogne; Romantismo; História da morte