Neste artigo são apresentados processos, materialidades e reflexões que envolvem a criação de uma instalação artística, desenvolvida pelas autoras do trabalho provocadas pelos silenciamentos que marcam corpos plurais. As autoras foram mobilizadas pela intencionalidade do exercício de “colocar corpo” para a ação constante de des(colonizar)patriarcalizar a si mesmas e a vida, e pelo desejo de criar na conexão entre mulheres. A obra foi alicerçada com base em suas histórias e narrativas, por meio da materialidade expressa nos elementos visuais incorporados às peças da instalação, com o objetivo de questionar as violências visíveis e invisíveis advindas de processos hegemônicos de poder e de dominação do patriarcado, do colonialismo e do capitalismo neoliberal. O convite é para a experimentação e a fruição de alguns tensionamentos e expressões que refletem formas possíveis de (r)existência.
Palavras-chave
Arte; Feminismo; Gênero e ética; Produção artística; Sexismo