CONCEPÇÕES |
Processo que aprimora a formação |
A formação integrada ao serviço amplia as oportunidades de aprendizagem e as aproximam do futuro contexto profissional do estudante. |
Processo que contribui para o desenvolvimento do SUS |
Possibilita ao sistema intervir sobre a formação de seus futuros recursos humanos, comprometendo-os com seus princípios e diretrizes, qualificando suas práticas e elevando sua produção técnica e científica. |
Processo que amplia o desenvolvimento de competências |
A integração favorece o desenvolvimento de competências interprofissionais, de liderança e gestão para além das competências técnico-assistenciais. |
Processo que induz a formação de uma rede gestora de política |
A presença de 3 ou mais organizações legalmente autônomas, que cooperam por objetivos comuns, impulsionadas por uma política pública evidencia vários fenômenos atribuíveis às redes. |
Processo que induz mudanças curriculares |
As necessidades advindas das demandas governamentais, do sistema de saúde ou das comunidades pela integração induzem mudanças curriculares |
Processo que promove a responsabilidade social da escola |
Os vínculos estabelecidos comprometem as escolas com a melhoria das condições de vida das comunidades assistidas, favorecendo o desenvolvimento de políticas de social accountability
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PRÁTICAS PRODUZIDAS |
Prática adaptada à assistência |
Práticas marcadas pela assistência biomédica, resultantes das demandas curriculares predominantes, raras em cenários não assistenciais como gestão ou vigilância em saúde. |
Prática condicionada pela realidade |
Por ocorrer em cenários reais, a integração promove uma prática determinada pelas demandas emergentes do cotidiano dos serviços e das comunidades. |
Prática construída pelo alinhamento de interesses da academia |
Práticas que se dão mais em função da busca de satisfação dos interesses e necessidades da academia e menos pela perspectiva de cooperação para o alcance de objetivos comuns. |
Prática condicionada por contrapartidas |
As contrapartidas disponíveis determinam as relações de integração, promovendo distintas práticas no mesmo território conforme as diferentes contrapartidas ofertadas/demandadas. |
Prática influenciada por dicotomias das redes gestoras de política |
As relações de integração exprimem paradoxos comuns às redes gestoras de política, expressos por conflitos de interesses competitivos, pela singularidade dos entes e por relações pessoais que se sobrepõem às interinstitucionais. |
Prática fracamente institucionalizada |
Práticas de caráter pontual, sem políticas claramente definidas e financiamento permanente, ausentes das agendas prioritárias dos gestores e por vezes sem previsão contratual. |
FATORES DETERMINANTES |
Grau de alinhamento local às políticas nacionais de saúde e educação |
A capacidade das escolas e dos serviços em alinhar seus projetos às diretrizes nacionais, extensivo ao corpo interno das instituições, bem como a capacidade das diretrizes centrais em atender/reconhecer necessidades e especificidades locais. |
Reconhecimento interinstitucional de complementaridade |
Reconhecimento de objetivos comuns e da necessidade de apoio mútuo entre os entes nos processos, demandas e resultados, em todos os níveis da hierarquia institucional. |
Profissionalização das atividades de ensino |
Profissionalização permanente de docentes e preceptores, para as atividades de ensino e gestão de programas educacionais. |
Grau de institucionalização da integração |
Expresso na prioridade da política para as instituições, na capacidade de atender às diretrizes, na menor dependência de ações pontuais e temporárias, na menor dependência de pessoas e no financiamento sustentado. |
Processos de gestão da integração dos envolvidos |
Características operacionais da governança intraorganizacional dos entes, bem como aqueles relacionados à gestão conjunta do processo de integração (interorganizacional). |
Arcabouço jurídico vigente ligado a integração |
Capacidade das normas reguladoras em prever todos os aspectos envolvidos na complexa relação de integração minimizando a presença de antinomias. |
Singularidades dos serviços que participam da integração |
Características intrínsecas dos serviços nos quais se concretiza a integração (infraestrutura, nível de atenção, localização, qualidade assistencial, estratégia da atenção). |
MODOS E PROCESSOS DE AVALIAÇÃO |
Avaliação da integração fracamente institucionalizada |
Avaliação pouco sistematizada nas rotinas das escolas e serviços. Ocorre de forma pontual, é carente de devolutivas e pouco subsidia a tomada de decisão dos gestores. Os processos existentes são fragilizados e centrados principalmente em percepções. |
Falta de indicadores específicos para a integração |
Inexistência de indicadores de processo e resultado específicos para a integração. Quando presentes, estão relacionados aos processos regulatórios ou de produção das unidades ligadas ao ensino. Não são monitorados. |
Condições estruturais disponíveis para a integração pouco sistematizadas |
Condições estruturais dos cenários de prática participantes da integração (recursos físicos, humanos, financeiros) pouco conhecidas e sistematizadas. |
Inexistência de estrutura organizacional própria para a avaliação |
Avaliação do processo realizada de modo independente pelos entes, sem a existência de estruturas organizacionais específicas e compartilhadas para esse fim. |
CARACTERÍSTICAS GERENCIAIS |
Gestão que desconsidera a integração ensino-serviço como uma rede |
Os processos de governança não contemplam as características e necessidades de uma rede (interorganizacionais), ainda que seus entes identifiquem alguns desses elementos. |
Ausência de estrutura própria dedicada à gestão da integração |
Inexiste unidade específica e compartilhada de gestão na estrutura dos entes capaz de suportar a complexidade do processo. A gestão ocorre com base em estruturas gerais de cada instituição. |
Baixa capacidade da gestão em lidar com as antinomias |
Arcabouço normativo regulatório da integração com antinomias (situações imprevistas, conflitantes ou duvidosas) aparentes ou reais, com as quais a gestão nem sempre consegue lidar. |
Instrumentos de contratualização pouco adequados |
Contratos que não suportam todas as interfaces do processo, não preveem todo espectro de ações, não explicitam claramente responsabilidades e objetivos e não alcançam todos os níveis hierárquicos dos envolvidos |