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Práticas discursivas acerca do poder decisório da mulher no parto

Prácticas discursivas sobre el poder de decisión de la mujer en el parto

Este artigo analisou o poder decisório da mulher no parto expresso nas práticas discursivas de enfermeiras e médicos residentes da área de obstetrícia. Estudo qualitativo com 22 residentes de uma maternidade. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e submetidos à análise do discurso à luz de Michel Foucault. As práticas discursivas enfocam o controle dos riscos e a normalização do comportamento cooperativo da parturiente, culminando em restrições no poder decisório das mulheres. Também valorizam a humanização do parto, por meio do protagonismo e da corresponsabilização feminina, o que tensiona o saber-poder médico. Evidenciou-se que há ancoragem na medicalização, reproduzida pelo ensino de obstetrícia, e na lógica neoliberal, associando o autogoverno das mulheres ao consumo. Autonomia e saúde como direitos precisam ser fortalecidos pelos atores sociais do ensino e da assistência em obstetrícia.

Palavras-chave
Autonomia pessoal; Parto; Capacitação de recursos humanos em Saúde; Humanização da assistência; Política de Saúde


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