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“Clara, esta sou eu!” Nome, acesso à saúde e sofrimento social entre pessoas transgênero

“Clara, that’s me!” Name, access to health care and social suffering among transgender people

“¡Clara, esta soy yo!” Nombre, acceso a la salud y sufrimiento social entre personas transgénero

Esta pesquisa qualitativa objetivou compreender as relações entre acesso a serviços de saúde e experiências de sofrimento social entre pessoas trans. Foram conduzidas entrevistas semiestruturadas com cinco interlocutores e observações participantes. Os dados foram analisados por meio da codificação temática, originando duas categorias: “A negação do nome” e “Acesso à saúde e transfobia institucionalizada no Sistema Único de Saúde (SUS)”. As narrativas das/os interlocutores permitiram localizar tais relações na sociogênese de experiências de sofrimento social. A negação do nome implica negação da humanidade da pessoa trans, bem como patologização de sua identidade e prejuízos no acesso à saúde, colocando a automedicação como uma possibilidade de agência. Concluiu-se que a transfobia institucionalizada no setor de saúde reproduz a precarização da cidadania de pessoas trans, destacando quanto a ação estatal com vistas a mitigar o sofrimento social pode, por vezes, intensificá-lo.

Palavras-chave
Pessoas transgênero; Acesso aos serviços de saúde; Sofrimento social; Nomes


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