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O Imperador como um "homem de Deus": O impacto de Constantino, o Grande. Conversão nas ideias romanas sobre o reinado

RESUMO

De várias maneiras, o primeiro imperador cristão, Constantino I (306-337), indicou as semelhanças que ele via entre si e São Paulo. Nessas semelhanças, ele incluiu a sua história de intervenção divina (a visão da Cruz) e a sua decisão de ser enterrado em meio as marcas para os doze Apóstolos. Seu biográfo, porém, o Bispo Eusébio de Cesaréia, escolhe comparar Constantino, ao invés de São Paulo, com Moisés, que liderou os israelitas na saída do cativeiro. Focando sobre as diferentes conotações de "Homem de Deus" (como Constantino preferiu se definir) e "Amigo de Deus" (termo usado por Eusébio), este artigo sugere que a razão para essas diferenças estava na preocupação de Eusébio em evitar que Constantino - e por extensão todos os futuros imperadores - se declarasse melhor que os outros bispos cristãos.

Palavras-chave:
Cristianismo; conversão; Constantino I, o Grande; teologia política; Atanásio de Alexandria; Eusébio de Cesareia; Édito de Milão; São Paulo; Moisés

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