RESUMO:
Este artigo constrói uma perspectiva histórica sobre o processo de configuração de áreas urbanas segregadas baseadas em princípios e lógicas da diferenciação e exclusão. A espacialidade é abordada através da observação de sentidos aplicada por órgãos reguladores sobre os corpos e práticas classificados como infames, perigosos e abjetos. A abjeção como marca indelével permite visualizar a ligação entre o anômico ou anormal e a imaginação sobre a regularidade que acompanha as construções de sentido sobre um deve ser da cidade moderna. Metodologicamente, esses sentidos são isolados após a triangulação de tipos de documentos (jornais, documentos oficiais, discurso médico) para contrastar a efetividade dos esforços regulatórios com as ordens de paráticas observadas. Além disso, o artigo permite compreender a variabilidade das construções sobre os outros corpos e os espaços que habitam, bem como a conexão entre esses outros e aqueles atribuídos a uma ordem nomeada como regular.
Palavras-Chave
Cidade; corpo; espaços; segregação