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"Com despesas próprias a bem do Real Serviço": funcionários, colonos e a defesa da fronteira no extremo oeste da América portuguesa, c. 1750-1800

"At his own expense for the King's Service": officials, settlers, and the defense of the border in the extreme west of Portuguese America, c. 1750-1800

O artigo analisa alguns dos dispositivos institucionais que a Coroa portuguesa utilizava para manter a lealdade dos vassalos que viviam nas fronteiras do império, mais precisamente na capitania de Mato Grosso, na segunda metade do século XVIII. Releva a importância dos requerimentos de premiação por serviços prestados à Coroa, que na mencionada região diziam respeito, dentre outros, à defesa dos limites com os domínios espanhóis, à exploração de roteiros fluviais, à aplicação da política indigenista de atração de índios que viviam entre os dois impérios e à consolidação de povoações em pontos estratégicos. A hipótese sustentada é a de que, se os serviços e pedidos de mercês serviam para pressionar a administração central, era sob a condição da introjeção dos objetivos mais amplos da colonização pelos setores locais. Com isso, a Coroa não apenas transferia aos colonos parte dos custos da defesa militar das fronteiras, como também controlava de perto as iniciativas individuais de colonos que pretendiam explorar sertões, contatar índios e alcançar prestígio social.

honras e mercês; recrutamento militar; Mato Grosso colonial; administração colonial portuguesa


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