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“A estos naturales no se les puede hacer justa guerra”: o pacifismo erasmista de Vasco de Quiroga (c.1478-1565)

“A estos naturales no se les puede hacer justa guerra”: the Erasmian pacifism of Vasco de Quiroga (c.1478-1565)

RESUMO

O artigo investiga o pensamento do primeiro bispo de Michoacán e ouvidor da Real Audiência de 1531 a 1536, Vasco de Quiroga (c.1478-1565). Trata especificamente dos seus argumentos em objeção às guerras feitas pelos espanhóis contra os indígenas da Nova Espanha, cuja principal fonte é o seu tratado intitulado Informação em direito. Inspirado em Erasmo de Roterdã, Quiroga argumentava que os requisitos para as guerras serem consideradas justas não se cumpriam e, portanto, os espanhóis estavam infringindo a legislação espanhola. Ademais, explicitava a baixeza moral dos colonos, contrastada com as boas qualidades dos indígenas, assim como desvelava a manipulação das informações remetidas para a coroa. Mais do criticar, a intenção era defender uma colonização diferente, baseada no Cristianismo humanista, conferindo aos indígenas a dignidade merecida por serem humanos.

Palavras-chave:
guerra justa; Nova Espanha; Vasco de Quiroga; erasmismo

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