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História mais do que humana: descrevendo o futuro como atualização repetidora da Inteligência Artificial

More-than-human history: Describing the future as a repeating update of Artificial Intelligence

Resumo

Este artigo analisa sistemas de inteligência artificial como agentes temporalizadores em uma história mais do que humana. Engaja-se em uma discussão interdisciplinar abrangendo a sociologia dos algoritmos, a ética informacional e a filosofia da mente para, com base na teoria da história, avaliar como a onipresença da automação adiciona novas dimensões ao estudo da condição histórica contemporânea. O argumento diz que a temporalização artificial se origina da simulação da linguagem natural por meio de algoritmos de aprendizado. O artigo esclarece isso através de uma descrição em código e uma demonstração em imagem técnica, ilustrando a 'renderização' ou 'digitalização' de experiências humanas em padrões de dados, posteriormente replicados ou atualizados por agentes artificiais. Esse processo destaca a vetorização e manipulação estatística da experiência e representa o que denomino "computação necessária". Em contraste, o texto sugere que uma "computação contingente", capaz de produzir algo novo, transcende o mero discurso técnico. Assim, enfatiza-se o papel da ética e transparência na gestão de dados e no treinamento de sistemas de IA, cruciais para compreender a Inteligência Artificial como um campo histórico aberto a formas cognitivas potencialmente não-humanas.

Palavras-chave:
inteligência artificial; atualismo; futuros históricos

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