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“Um manual que todos possam usar”: O conhecimento indígena sobre plantas medicinais do Brasil setecentista e as observações filosófico-naturais de Domingos Alves Branco Muniz Barreto

“A guidebook that anyone can use”: Indigenous knowledge about medicinal plants in Brazil’s 18th century, and Domingos Alves Branco Muniz Barreto’s natural philosophical observations

RESUMO

O objetivo deste artigo é compreender os processos de construção de conhecimento filosófico-natural sobre o Brasil na segunda metade do século XVIII, a partir do estudo de caso de Domingos Alves Branco Muniz Barreto e seu contato com as populações indígenas do interior da Bahia. Seguindo teorias recentes, buscamos compreender os processos de construção de conhecimento em zonas de fronteira como sendo resultantes de dinâmicas de circulação, sincretismo e reconfiguração. Relações de poder, trocas e negociações entre agentes europeus e as comunidades autóctones emergem como pontos fundamentais para a compreensão desses processos, assim como o papel da localidade e da circulação de conhecimento em um período de tempo marcado por profundas transformações políticas e epistemológicas que afetaram não só a Europa, mas também os espaços coloniais.

Palavras-chave:
História do conhecimento; populações nativas do Brasil; plantas medicinais; circulação de saberes

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