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Depois do incêndio: classe, nação, racismo e antirracismo na reconstrução da Faculdade de Medicina da Bahia (1905-1908)

After the fire: class, nation, racism, and antiracism in the reconstruction of the Faculty of Medicine of Bahia (1905-1908)

Resumo:

O artigo analisa a ação do Sindicato dos Trabalhadores em Madeira em aliança com o Centro Operário da Bahia e a Federação Socialista Bahiana em uma disputa por postos de trabalho marcada por racismo e antirracismo relacionados aos saberes de ofício, interesses de classe e embates no interior das elites políticas. O foco do estudo foi um conflito ocorrido em outubro de 1908, quando o engenheiro-chefe das obras de reconstrução da Faculdade de Medicina da Bahia resolveu contratar artesãos italianos residentes em São Paulo para trabalhar nas obras de marcenaria daquela instituição, em prejuízo dos artífices de Salvador, majoritariamente negros. A pesquisa demonstra que, apesar de defenderem com determinação e de forma bem-sucedida os interesses dos trabalhadores nacionais, inclusive fazendo uso de linguagem patriótica, as organizações operárias combinaram antirracismo com internacionalismo socialista.

Palavras-chave:
sindicatos; socialismo; racismo; antirracismo; direitos

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