Resumo:
No início do século XX, em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, um homem foi acusado de ferir com um tiro seu futuro genro. O processo criminal envolvendo esses dois indivíduos, revelou mais do que a tentativa de um assassinato. A partir da alegação do subdelegado de que o réu vivia de “maneira imprópria” com o ofendido e da ação da defesa em livrar o acusado tanto de uma sentença de prisão, quanto para restaurar sua reputação, pode-se averiguar a preeminência de atividades e valores como honra, trabalho e paternidade. A análise desses elementos permitiu compreender a existência de uma normatização da masculinidade como projeto social.
Palavras-chave:
masculinidade; processo-crime; Rio Grande do Sul, Primeira República