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Os almanaques francófonos nas Américas: transferências, estruturas, evoluções

RESUMO

O gênero editorial de almanaque surge na América com a colonização. Introduzidos em 1777 na Nova França, com o Almanach Encyclopédique (Montréal) no fim do século XVIII, na Luisiana no início do século XIX, no Haiti e nas Antilhas francesas, posteriormente na Nova-Inglaterra, na Califórnia e no oeste do Canadá a partir do meio do século XIX, os almanaques francófonos são provenientes de processos de transferências culturais que transformaram sucessivamente este gênero com múltiplas facetas. Constituindo o gênero impresso mais difundido nas sociedades dos séculos XVII ao XVIII, o almanaque revestido de formas e de funções bastante diversas: no Québec, os almanaques de grande circulação como o Guide du cultivateur (1830-1830) ou o Almanach du peuple (1856) frequentemente representavam na época o único impresso difundido entre as camadas populares ao lado de escritos religiosos, enquanto que o Almanach des Dames (Nova Orleans, século XIX) ou o Almanach Royal d’Haiti (1810-15) por exemplo, preenchiam as funções específicas destinadas a públicos elitistas. O objetivo deste artigo é elaborar um quadro do conjunto das formas, das funções sociais e da evolução deste gênero de primeira importância que representou o almanaque nas culturas midiáticas francófonas nas Américas até os anos 1920.

Palavras-chave
almanaques; imprensa; transferências culturais; mídias populares

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