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Uma antropologia sem corpo é como uma missa sem hóstia: apreciação de um contato com o terreno na Amazônia central

A concepção que temos usualmente da Amazônia nos é dada pelos conhecimentos científicos, não obstante permaneça oculto para nós o modo como foram elaborados. O objetivo deste artigo é descrever a impactante experiência de tomada de contato com o terreno de pesquisa na Amazônia central, passando em revista as reflexões teóricas que se podem extrair dela. A experiência foi descrita numa tese de doutorado em antropologia social, submetida à Sorbonne em julho de 1998, tratando das práticas e ações dos cientistas, de sua dinâmica e organização na região amazônica. Esse tipo de reflexão sobre nós mesmos e sobre nossa própria disciplina, concomitante à produção de um saber, é uma démarche indispensável da antropologia, já que os antropólogos são sujeitos da ecologia e também porque ninguém atravessa impunemente a região amazônica.

ações e práticas científicas; Amazônia; socioantropologia da pesquisa; Brasil; reflexividade


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