Técnicas multivariadas na determinação da diversidade genética em genótipos de minitomate resistentes a pragas

RESUMO

A pesquisa foi realizada com o objetivo de comparar diferentes métodos de análise multivariada na avaliação da diversidade genética em minitomate e identificar genótipos promissores com resistência a pragas. O experimento foi conduzido na Estação Experimental de Hortaliças da Universidade Federal de Uberlândia, campus Monte Carmelo, no período de abril de 2013 a novembro de 2016. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 16 tratamentos e quatro repetições totalizando 64 parcelas, sendo cada parcela representada por cinco plantas. Foram caracterizados 16 genótipos, sendo 12 provenientes da geração F₂RC₁, obtidos por meio do cruzamento interespecífico entre o acesso selvagem LA-716 (Solanum pennellii) versus linhagens pré-comerciais de minitomate (UFU-73 e UFU-2) (Solanum lycopersicum) e as linhagens UFU-2. Avaliou-se o teor de acilaçúcar, a quantidade de tricomas glandulares (tipos I, IV, VI e VII), a resistência ao ácaro e à mosca branca. Pode-se concluir que existe variabilidade genética entre os genótipos. O número de grupos formados pelo método de variáveis canônicas foi superior (quatro grupos) ao obtido pelo método de Tocher (três grupos) e UPGMA (três grupos), demonstrando maior poder de discriminação. Os métodos de Tocher e UPGMA foram coerentes quanto à análise da divergência genética em germoplasma de tomateiro resistente a pragas, sendo o teor de acilaçúcar a variável de maior importância. O genótipo UFU-73-F₂RC₁ # 11 é resistente ao ataque de pragas, enquanto as outras linhagens estudadas apresentam resistência intermediária.

Palavras-chave:
Solanum pennellii; Solanum lycopersicum; acilaçúcar; variabilidade genética