RESUMO
Espécies do gênero Meloidogyne constituem um dos fatores limitantes à produção de olerícolas. Estudos têm sido realizados no Brasil a respeito da ocorrência de espécies de nematoide de galhas em áreas de cultivo de olerícolas sem o uso de técnica avançada. O uso de técnicas modernas, tais como, os métodos bioquímicos e moleculares aumentam a segurança na identificação das espécies de Meloidogyne. Neste trabalho foram caracterizadas espécies de Meloidogyne associadas a olerícolas em um total de 36 amostras por meio de eletroforese de isoenzimas, marcadores SCAR e morfológico. Além disso, foram validados marcadores SCAR para identificação acurada dessas espécies. Desta forma, foram identificadas as espécies M. incognita, M. javanica, M. hapla, M. morocciensis e M. arenaria, sendo as duas primeiras espécies mais frequentes. Foram ainda relatadas, pela primeira vez no Brasil, as espécies: M. arenaria parasitando plantas de jiló e M. morocciensis parasitando plantas de abóbora e repolho. A eletroforese de esterase foi eficiente em separar todas as espécies de Meloidogyne encontradas em olerícolas. Entretanto, os marcadores SCAR foram eficientes, somente, na identificação de M. incognita, M. javanica e M. hapla, no entanto, os primers Far/Rar não promoveram amplificação para confirmação da identidade de M. arenaria. Na avaliação da configuração perineal de fêmeas, não foi possível distinguir as espécies M. arenaria e M. morocciensis. Com base nos resultados, novos primers devem ser desenvolvidos para identificação de M. arenaria e M. morocciensis.
Palavras chave:
Meloidogyne; diagnose; biologia molecular; hortaliças
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