O objetivo do trabalho foi avaliar o progresso temporal da septoriose, causada por Septoria lycopersici, em tomateiro orgânico em distintos sistemas e estratégias de manejo de irrigação, nas condições de inverno seco da Região Centro-Oeste. Avaliaram-se seis configurações de sistemas de irrigação: gotejamento com uma (GO1L) e duas (GO2L) linhas por fileira de plantas; sulco (SU); microaspersão "subcopa" (MIsub) e acima do dossel (MIalta); e aspersão convencional (AS). As estratégias de manejo variaram em função da umidade do solo. Regas nos sistemas GO1L e GO2L foram realizadas quando a tensão de água no solo atingia 15-30 kPa (umidade elevada), enquanto para SU considerou-se a tensão-limite de 30-60 kPa (umidade moderada). Os demais sistemas foram conduzidos nas duas faixas de tensão. Um tratamento adicional foi irrigado por aspersão, com umidade elevada e solo coberto por palhada (ASpalha). A doença manifestou-se por infecção natural e as avaliações foram semanais. Estimou-se a severidade na metade (Y50) e no final (Ymax) do curso temporal da epidemia e a área abaixo da curva de progresso da doença (AUDPC). Análise do progresso da doença foi feita ajustando-se os dados de severidade ao modelo de Gompertz. Maiores Ymax ocorreram nos tratamentos irrigados por aspersão convencional (30-35%), enquanto as menores severidades foram verificadas com microaspersão (6-10%), gotejamento e sulco (4%), indicando que quanto menor o tamanho das gotas de água aspergidas sobre o tomateiro menor é a severidade da doença. Embora em menor intensidade que o tamanho da gota de água, irrigações mais frequentes por aspersão convencional e microaspersão favoreceram a maior severidade da doença. O uso de palhada sobre o solo (ASpalha) reduziu Y50 e AUDPC em relação a AS.
Solanum lycopersicum; Septoria lycopersici; agricultura orgânica; tomate de mesa; epidemiologia
