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Social inequalities and environmental conflict

Este artigo está organizando em torno de duas questões. A primeira diz respeito à literatura sobre estudos a respeito da justiça ambiental e sua ausência de incorporação de teorias sociais e conceitos científicos que digam respeito ao racismo. Isso é surpreendente tendo em vista o forte interesse dos estudos sobre justiça ambiental em desafiar uma forma de racismo - o racismo ambiental. Isso, por sua vez, permite uma crítica das teorias sobre o racismo por sua falta de atenção às formas em que as relações sociedade-meio ambiente estruturam práticas e discursos racistas, e uma crítica dos estudiosos que subestimam o contínuo impacto do racismo em comunidades de cor. A segunda questão diz respeito ao grau ao qual a modernização levou a uma melhora nos impactos ambientais associados com economias de mercado e seus processos produtivos. Baseando-se na modernização ecológica, na sociedade de risco e no trabalho árduo das teorias de produção, argumento que, do mesmo modo que os pontos de vista populares e eruditos sobre o racismo, muitos estudiosos sobreestimaram o nível de progresso que a sociedade teria feito nessa frente. Argumento também que isso se generaliza porque - através de práticas como o racismo ambiental e a globalização - muitas das piores dimensões das externalidades da economia de mercado estão fora da visão e da mente (devido em grande medida a uma segregação espacial e residencial e uma exportação internacional de resíduos perigosos), tornando possível ou ignorar ou descartar reivindicações que digam o contrário.

justiça ambiental; modernização ecológica; racismo ambiental; sociedade de risco


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