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Obras de arte, pontos de encontro, rastros de redes

Works of art, meeting points, traces of networks

Evocando conceitos de Bourriaud (2006, 2007), Salles (2006, 2010) e Latour (2005, 2008), este artigo busca promover um enfoque relacional sobre o trabalho artístico. De acordo com essa abordagem, a obra não estaria contida em um objeto ou processo singular, nem dependeria unicamente do gesto criador do artista, mas existiria sempre em desenvolvimento, distribuída por uma rede-de-atores que inclui outras pessoas, objetos e processos. Procurarei destacar esse modo de existência chamando atenção para a maneira como a Fonte (1917), de Marcel Duchamp, estabelece um projeto expositivo. Presumindo as várias negociações (criativas e institucionais) por trás dessa obra, interessa-me demonstrar como as práticas curatoriais podem desempenhar uma função preponderante na topografia das redes de criação, uma vez que criam as condições de publicidade que tornam o trabalho artístico apreensível.

redes; mídia; processos de criação; obras de arte; curadoria


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