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A dança no cinema: da lógica dos musicais à irracionalidade de gestos desmotivados1 1 Este artigo resulta de uma pesquisa que recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo: 2021/12417-0.

Dance in cinema: between the logic of musicals and the irrationality of unmotivated gestures

Resumo

Por meio de uma análise panorâmica da presença da dança no cinema, desde os primórdios até a produção contemporânea, percebemos que ela pode emergir ora como parte integrante e estruturante do filme, no gênero musical, ora como um elemento contrastante e disruptivo, em filmes não musicais. Ao esboçarmos uma estética da movimentação dos corpos em obras audiovisuais, partimos do pressuposto de que o cinema sonoro de certo modo silencia a dinâmica corporal na tela ao concentrar seu foco na fala e no sentido das palavras, eliminando ou reduzindo consideravelmente toda a potência (plástica, mas também semântica) contida na incrível retórica expressiva dos corpos. Será que a dança, abrigo natural de certa pulsão gestual irracional, pode servir, como propunha Béla Balázs, para que sejamos atingidos por um filme de maneira direta e inequívoca, como se fosse uma música?

Palavras-chave
cinema e dança; cinema musical; Béla Balázs; Jean-Luc Godard

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