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Biopolítica do saudável e a controversa tentativa de revisão do Guia Alimentar para a População Brasileira1 1 Este artigo é uma versão revisada, ampliada e atualizada do trabalho apresentado no GT 14: Discurso y Comunicación, no XV Congreso de la Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC), realizado na Universidad Pontificia Bolivariana (UPB), Medellín, Colombia, em 2020.

Biopolitics of health and the controversial attempt to revise the Food Guide for the Brazilian Population

Resumo

O que se come e o que se bebe é algo bastante debatido na atualidade. De um lado, temos os entusiastas da alimentação natural, que evitam comida processada e abominam os ultraprocessados. De outro, há os defensores dos alimentos processados e ultraprocessados como parte de uma dieta saudável e nutritiva. O objetivo deste artigo é examinar os rastros e captar as mediações em busca das associações criadas pelos e entre os actantes na controvérsia, ocorrida em setembro de 2020, gerada por uma nota técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre revisão do Guia Alimentar para a População Brasileira. Analisamos, também, aspectos biopolíticos que emergem nas disputas em torno da alimentação saudável. São mobilizados autores da comunicação, consumo, alimentação, biopolítica e teoria ator-rede (TAR), tendo como metodologia a cartografia das controvérsias (CC), o que permite analisar os actantes, as mediações e os embates entre essas duas visões de mundo em colisão.

Palavras-chave
consumo alimentar; biopolítica; cartografia das controvérsia; teoria ator-rede

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