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A relação linguagem, pensamento e ação na microgênese das funções psíquicas superiores

O objetivo deste artigo é demonstrar, de forma concreta, a mediação da fala na constituição das funções psíquicas superiores do sujeito, buscando articular autores da vertente histórico-cultural, como Vigotski,1 com a perspectiva metodológica de Heloisa Marinho, pesquisadora brasileira que centrou na linguagem sua contribuição pioneira no âmbito do desenvolvimento infantil. A metodologia utilizada fundamentou-se no estudo da relação oral-gráfica (MARINHO; WERNER, 1982), em amostra constituída por três mil crianças, foi realizada a análise microgenética-indiciária (WERNER, 1999, 2001) da atividade gráfica de menino de dois anos de idade cronológica, oriundo da creche UFF. Como resultado, foi possível ilustrar como, na vigência de processo de interação-interlocução adulto-criança e criança-crianças, ocorrem transformações qualitativas nas funções psíquicas (microgênese), nas quais a mediação, por meio dos signos da linguagem (mediação semiótica), reveste-se de papel fundante e constitutivo.

microgênese; desenvolvimento da linguagem; mediação semiótica; funções psíquicas superiores; Vigotski


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