Resumo
Introdução:
Envelhecimento é um fenômeno mundial que favoreceu o aumento de idosos com 80 anos ou mais.
Objetivo:
Avaliar a influência do estado nutricional (EN), medidas de fragilidade, nível de atividade física (NAF) com a qualidade de vida (QV) de idosos longevos.
Método:
Estudo realizado de out/2016 a set/2017 com 103 idosos ≥80 anos. O EN foi classificado segundo OPAS/SABE; circunferência abdominal (CA) e da panturrilha (CP) utilizou-se a classificação WHO; força de preensão palmar (FPP) e velocidade de marcha (VM) utilizou-se a classificação proposta por Lauretani; NAF foi classificado segundo IPAQ versão curta; para a mensuração da QV foram utilizados WHOQoL-bref e old. As variáveis foram avaliadas através do Test t e teste U de Mann-Whitney.
Resultados:
69.2% eram mulheres, média de 82.75 (±2.98) anos, apenas a variável CA apresentou associação significativa (p<0.001). As idosas sem dinapenia apresentaram melhor QV no domínio físico (p=0.004), relação social (p=0.022) e autoavaliação da QV (p=0.017) do WHOQoL-bref e na faceta de participação social (p=0.025) do WHOQoL-old. Comparada a percepção de QV pelo EN, houve diferença significativa na autoavaliação da QV (p=0.027), pelo NAF observou-se diferença significativa na faceta atividades passadas, presentes e futuras (p=0.050).
Conclusão:
A obesidade e ausência de dinapenia associaram-se positivamente com a QV dos longevos. O NAF foi associado com a QV positiva em uma faceta do WHOQoL-old.
Palavras-chave:
Idoso de 80 anos ou mais; Estado Nutricional; Atividade Física; Qualidade de Vida