Resumo
Introdução
A saúde pública no Brasil encontra na saúde coletiva uma transcendência com a produção social, com olhar ampliado à saúde. Na sua complexa estrutura, oferta assistência fisioterapêutica.
Objetivo
Caracterizar a fisioterapia em Goiás a partir do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Métodos
Tabularam-se dados de especialidade, município, estabelecimento laboral, carga horária, vinculação, tipo de contrato e estabelecimento, número de fisioterapeutas, esfera administrativa, macrorregião e região de saúde. Correlacionou-se população geral municipal; pessoas dependente/Sistema Único de Saúde (SUS); Produto Interno Bruto (PIB) per capita municipal; Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal; percentual populacional de habitantes dependentes do SUS municipal; número de pessoas cobertas por assistência fisioterapêutica (NPCAF) municipal.
Resultados
No CNES, referência julho/2019, foram encontrados 2187 fisioterapeutas em estabelecimentos públicos/privados de Goiás, em 3353 postos de trabalho. Nos estabelecimentos que atendem ao SUS foram detectados 1673 fisioterapeutas em 2436 postos de trabalho, sendo 32,9% vinculados à atenção básica e 67,1% à atenção especializada. A carga horária semanal foi de 38 horas e por postos de trabalho, 26 horas. Apenas 30,1% dos municípios tinham NPCAF adequados. As regiões e macrorregiões de saúde apresentaram cobertura inadequada. O NPCAF apresentou correlação inversa com o PIB (r = -0,20; p < 0,001) e IDH (r = -0,14; p = 0,02) e direta com a população (r = 0,46; p < 0,001).
Conclusão
Goiás apresenta cobertura deficitária em 69,9% dos municípios, nas macrorregiões e regiões de saúde. Expandir postos de fisioterapia é fundamental para a efetivação da universalidade e integralidade da atenção à saúde, reduzindo iniquidade e favorecendo distribuição equânime.
Saúde coletiva; Fisioterapia; Saúde pública