Resumo
Introdução:
O Teste de Agachamento Profundo (TAP) tem sido utilizado em avaliações pré-temporada de equipes esportivas e em cursos militares para classificar o risco de lesões musculoesqueléticas.
Objetivo:
Avaliar a associação do desempenho no TAP e o risco de lesões musculoesqueléticas.
Métodos:
Nesta revisão sistemática, uma pesquisa sem filtros de linguagem ou de tempo foi realizada nas bases de dados MEDLINE, SciELO, SCOPUS, SPORTDdiscuss, CINAHL e BVS com as seguintes palavras-título: predição de lesões, risco de lesão e agachamento profundo em dezembro de 2016. Perfil dos participantes, tamanho da amostra, classificação das lesões musculoesqueléticas, tempo de seguimento, desenho do estudo e os resultados foram extraídos dos estudos. A análise do risco de viés foi realizada com a Escala Newcastle-Ottawa.
Resultados:
Foram incluídos cinco estudos, utilizando diferentes análises, cujos resultados variaram. O odds ratio variou de 1,21 a 2,59 (IC 95% = 1,01-3,28); O risco relativo foi de 1,68 (IC 95% = 1,50 - 1,87), sensibilidade de 3 a 24%, especificidade de 90 a 99%, VPP de 42 a 63%, VPN de 72 a 75% e AUC de 51 a 58%.
Conclusão:
O TAP pode ser um teste cuja presença de disfunções de movimento é um preditor do risco de lesões musculoesqueléticas em indivíduos que praticam exercícios físicos. No entanto, devido às limitações metodológicas apresentadas, sugere-se cautela ao interpretar esses resultados. Registro PROSPERO: CRD4201706922.
Palavras-chave:
Movimento; Lesões Atléticas; Triagem