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O estado de saúde pode prever a espessura muscular diafragmática na DPOC: estudo-piloto

Resumo

Introdução:

Dentre as implicações sistêmicas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), há modificações no diafragma e impacto no estado de saúde; entretanto, são escassos os estudos sobre a possível relação entre essas variáveis e sobre a possibilidade de o estado de saúde prever a espessura muscular diafragmática (EMD).

Objetivo:

Investigar se há relação entre a EMD com o índice prognóstico de mortalidade Body Mass-Index, Airway Obstruction, Dyspnea and Exercise Capacity (BODE), dispneia e estado de saúde, e investigar se o estado de saúde pode prever a EMD em pacientes com DPOC ingressantes em um programa de reabilitação pulmonar.

Métodos:

Estudo piloto com delineamento transversal. A EMD foi avaliada através de ultrassonografia; o estado de saúde, através do COPD Assessment Test (CAT); a sensação de dispneia, pela escala modified Medical Research Council; e a mortalidade, por meio do índice BODE.

Resultados:

A amostra foi composta por 13 pacientes (68,69 ± 9,3 anos) classificados como portadores de DPOC moderada a grave. Houve uma correlação inversa e forte entre a EMD e o estado de saúde (r = -0,735; p = 0,004). A análise de regressão simples demonstrou que o estado de saúde influenciou a EMD (β = -0,002; IC 95% -0,004 a -0,001; p = 0,004), explicando 49% da variância. Entretanto não foram observadas correlações entre EMD e dispneia (r = 0,005; p = 0,985) ou com o índice BODE (r = -0,219; p = 0,472).

Conclusão:

Esse estudo piloto demonstrou uma forte correlação inversa entre estado de saúde e EMD. Ademais, o estado de saúde foi capaz de prever a EMD em pacientes com DPOC.

Palavras-chave:
Doença pulmonar obstrutiva crônica; Diafragma; Dispneia; Avaliação em Saúde; Ultrassonografia

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