Resumo
Introdução:
O campo da formação do fisioterapeuta no Brasil, em termos de modelos curriculares, tem passado por transformações. Contudo, mudar exige um esforço consciente e coletivo para alinhar múltiplos interesses e atingir as metas acordadas, o que geralmente não acontece sem conflitos.
Objetivo:
Verificar as tensões que envolvem as mudanças curriculares do um curso de fisioterapia, a partir dos conceitos de campo, habitus e capital de Pierre Bourdieu.
Método:
Pesquisa qualitativa com observações de campo e entrevistas com professores, utilizando roteiro semiestruturado e análise de conteúdo.
Resultados:
Houve muitas resistências internas que impediram que o processo de mudança fosse mais amplo. Criaram-se disciplinas-chaves que deveriam interligar a matriz favorecendo a integração de conteúdos, porém estas funcionavam, em última instância, como outras quaisquer.
Conclusão:
Os professores seguiram jogando com as regras do campo, sem saber das suas determinações, ou seja, os agentes e seus habitus refletiram a estrutura existente, sem alteração das práticas, permanecendo um currículo linear disciplinar.
Palavras-chave:
Fisioterapia; Ensino Superior; Educação; Currículo; Ciências Sociais