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Esteira em Parkinson: influência sobre marcha, equilíbrio, BDNF e Glutationa Reduzida

Resumo

Introdução:

A doença de Parkinson (DP) é caracterizada pela degeneração nigroestriatal, com depleção dopaminérgica, alterações inflamatórias e oxidativas cerebrais levando a prejuízo no controle do movimento e coordenação. Trabalhos recentes mostram que a atividade física em esteira pode ser benéfica para estes pacientes, mas há poucas evidências avaliando os parâmetros sanguíneos relacionados, como estresse oxidativo e níveis de neurotrofinas.

Objetivo:

Avaliar a influência da esteira em Parkinson sobre a marcha, equilíbrio, Brain-Derived Neurotrophic Factor (BDNF) e Glutationa Reduzida.

Métodos:

Vinte e dois pacientes com DP (Hoehn e Yahr II e III), acima de 40 anos, foram aleatorizados em dois grupos: GC (n = 12) - tratamento medicamento e GI (n = 10) - esteira ergométrica. As avaliações relacionadas à capacidade funcional (qualidade de vida, análise estática e dinâmica da marcha) e parâmetros sanguíneos como GSH e BDNF foram realizadas antes e após as oito semanas de intervenção.

Resultados:

Os dados demográficos dos grupos foram homogêneos quanto às variáveis idade, gênero, altura, peso, tempo de doença, teste mini mental e teste da escala de depressão. Diferenças significativas foram encontradas para o coeficiente mental sumarizado, variação de superfície, oscilação látero-lateral, oscilação ântero-posterior e velocidade média entre os grupos no período pós-intervenção. No GI, viu-se associação forte entre BDNF e GSH com valores de significância estatística.

Conclusão:

Conclui-se que a caminhada controlada na esteira melhora o equilíbrio estático, qualidade de vida e os níveis plasmáticos de BDNF e GSH em pacientes com DP.

Palavras-chave:
Doença de Parkinson; Marcha; Estresse Oxidativo; Neurotrofina

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