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Relação entre o pico de fluxo expiratório e o prejuízo da capacidade funcional em obesos

Resumo

Introdução:

A obesidade, caracterizada por acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo, pode alterar a mecânica ventilatória, trazendo prejuízos funcionais. Considerando a prevalência crescente da obesidade, bem como a grande morbidade associada a esta condição, torna-se relevante investigar técnicas de mensuração rápidas e fáceis da função ventilatória e a possível correlação com a capacidade funcional.

Objetivo:

Avaliar a função ventilatória e a capacidade funcional em adultos obesos e determinar se pico de fluxo expiratório reduzido está correlacionado com prejuízo da capacidade funcional.

Métodos:

30 participantes, distribuídos em dois grupos: obeso (36 ± 13 anos) e eutrófico (31 ± 9 anos) foram avaliados por meio de medidas antropométricas, do teste de caminhada de seis minutos (TC6´) e da avaliação do pico de fluxo expiratório (PFE).

Resultados:

Os indivíduos obesos apresentaram reduzido PFE (382 ± 99 vs. 497 ± 104 L/min, p < 0,01) e percorreram menor distância no TC6´ (453 ± 37 vs. 617 ± 50 m, p < 0,01) com maior pressão arterial e percepção de esforço (p < 0,05) quando comparados aos eutróficos. Além disso, foi encontrada correlação positiva e significativa entre fluxo expiratório e distância percorrida (r = 0,635 e p < 0,001).

Conclusão:

Os indivíduos obesos tiveram menor PFE e menor distância percorrida no TC6´, constatada correlação positiva entre essas duas variáveis. Diante de tal desfecho, a inclusão dos métodos avaliativos utilizados podem contribuir para melhor análise da condição respiratória e funcional dessa população e auxiliar na prescrição de exercícios.

Palavras-chave:
Obesidade; Pico do fluxo expiratório; Teste de caminhada; Avaliação rápida

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