Resumo
Introdução:
A fadiga muscular pode ser definida como uma diminuição na capacidade do sistema neuromuscular em conseguir gerar força. Essa condição é considerada como um processo fisiológico complexo que envolve diversos sistemas do organismo, com o objetivo de evitar danos irreversíveis ou, até mesmo, morte celular.
Objetivo:
Avaliar a força de preensão palmar em trabalhadores do setor calçadista e verificar a existência de correlação entre a força muscular e a percepção da fadiga relatada.
Materiais e Métodos:
Participaram do estudo 32 trabalhadores do sexo masculino, com média de idade de 34,63 ± 11,98 anos e que atuavam no setor calçadista. Os trabalhadores realizaram o teste de contração voluntária máxima (CVM) utilizando um dinamômetro hidráulico de preensão palmar e responderam ao questionário Bipolar de Fadiga. Durante o teste, cada trabalhador executava três repetições da CVM e a média das medidas era obtida.
Resultados:
A força muscular apresentou uma média de 23,1 ± 8,3kgf e o escore do questionário de fadiga apresentou uma média de 2,28 ± 0,93 pontos. Entretanto, foi observada baixa correlação entre as medidas da CVM e os escores do questionário utilizado.
Conclusão:
Os trabalhadores do setor calçadista apresentaram força muscular abaixo do nível da população brasileira, o que sugere a ocorrência de fadiga muscular, porém, observou-se baixa correlação com a percepção de fadiga relatada.
Palavras-chave:
Fadiga; Fadiga muscular; Dinamômetro de preensão palmar; Saúde do trabalhador.