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Quem procura intervenções baseadas na Internet para a depressão no Brasil?

Resumo

Alguns tratamentos para a depressão baseados na Internet se mostraram efetivos e apresentaram vantagens em relação a tratamentos presenciais (potencialmente menos caros, com horários mais flexíveis e com disponibilidade em áreas remotas). Este artigo descreve as características de indivíduos que procuraram ajuda de uma intervenção autoguiada on-line e explora hipóteses sobre preditores de adesão ao programa. Baseado em uma amostra de 282 indivíduos que preencheram questionários de triagem, verificou-se que os participantes eram majoritariamente mulheres, tinham em média 34,36 anos, foram recrutados em sua maioria pelo Facebook, apresentaram diagnóstico psiquiátrico prévio feito por algum profissional de saúde mental, apresentaram percepção de autoeficácia moderada e sintomas depressivos moderadamente severos. Os respondentes que relataram condições comórbidas apresentaram mais chances de avançar para as entrevistas diagnósticas, e estar ou não em tratamento não influenciou a chegada às entrevistas. Estas descrições podem auxiliar na identificação de estratégias para se atingir mais indivíduos e para otimizar o desenho das intervenções on-line para brasileiros que as buscam.

Palavras-chave
Depressão; Intervenções on-line; Características de participantes; Recrutamento

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