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Concepções de profissionais do Sistema de Justiça sobre adoção por casais de gays e lésbicas

Resumo:

Este estudo exploratório e qualitativo objetivou compreender como profissionais que atuam no Judiciário e no Ministério Público (psicólogos, assistentes sociais, promotores e juízes) entendem e percebem a adoção por casais de gays e lésbicas. Foram entrevistados 41 profissionais (seis juízes, três promotores, 14 psicólogas e 18 assistentes sociais) atuantes em dez Comarcas de três estados brasileiros, sendo os dados submetidos à análise de conteúdo e interpretados pela teoria bioecológica e por literatura da área. Para os profissionais, trata-se de uma adoção juridicamente possível no Brasil, embora reconheçam que existem ressalvas pautadas na veiculação de valores morais no imaginário social. Em geral, avaliam-se mais especificamente nesses pretendentes as possíveis repercussões da orientação sexual e da adoção em suas vidas e de suas famílias, preocupando-se com a segurança emocional do(s) futuro(s) filho(s). Enfatizou-se a importância da preparação de pretendentes, crianças/adolescentes e profissionais, devendo esses operarem como agentes de mudança para uma ressignificação cultural de concepções preconceituosas.

Palavras-chave:
Adoção; Poder Judiciário; Minorias sexuais e de gênero; Família adotiva

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