RESUMO
A água de irrigação e o solo de cultivo têm sido apontados como possíveis fontes de contaminação em diversas culturas. Em determinadas hortaliças consumidas cruas, como a alface, essa contaminação pode causar problemas de saúde pública. Objetivando avaliar a influência dessas fontes na qualidade das alfaces cultivadas na Bacia do Córrego Sujo, Teresópolis, RJ; importante polo agrícola com produção voltada à região metropolitana do Rio de Janeiro, coletou-se nesta região águas proveniente de diferentes fontes (nascente, açude e rio); solos e alfaces irrigados com essas águas, para realização de análises microbiológicas convencionais (contagens de bactérias heterotróficas totais e coliformes termotolerantes) e moleculares (PCR-DGGE). A contagem de coliformes fecais na alface sugere que existe influência da água de irrigação e do solo na contaminação desses vegetais. O agrupamento das comunidades bacterianas nas diferentes amostras obtido pela técnica de PCR-DGGE mostra que a água de irrigação tem influência maior na contaminação dessas hortaliças em relação ao solo onde são cultivadas. Esses resultados corroboram a necessidade de monitoramento de corpos d’água utilizados para irrigação e demonstram ser a técnica do PCR-DGGE de grande valia para o estudo das comunidades microbianas e, quando associada a iniciadores específicos podem ajudar na detecção de patógenos em alimentos.
Palavras-chave:
irrigação por água; cultivo do solo; Lactuca sativa; coliformes fecais; eletroforese em gel com gradiente desnaturante