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A formação dos professores nos cursos de magistério de segundo grau

A importância do tema proposto é inquestionável e sua relevância se destaca, particularmente, na análise da sociedade brasileira que ainda não universalizou o ensino fundamental - quer em termos de acesso a todos que a ela tem direito, quer em termos da permanência que garanta a estes a conclusão da escolarização mínima necessária à sua participação social, econômica e política. Para analisar a relação entre democratização da escola e a atuação do professor nas séries iniciais do ensino fundamental é necessário retomar historicamente a organização e o funcionamento dos seus cursos de formação como um dos eixos centrais desta questão, que envolve uma ampla trama de fatores de ordem política e econômica. Cabe destacar, neste processo, a história das lutas mais recentes, que se desenvolvem desde o período da Constituinte na década de 80, até a aprovação (à nossa revelia enquanto educadores) do projeto de LDB do senador Darcy Ribeiro, em 25 de outubro de 1995. É neste contexto que se reafirma a necessidade de buscar novas estratégias que apontem para a escola pública, gratuita, universal e de qualidade que tem mobilizado os esforços da nossa sociedade civil organizada, como é o caso da ANFOPE. E aqui, o conteúdo da formação dos professores é um fator decisivo no conjunto das condições necessárias para construir a escola e a sociedade que queremos. Este conteúdo deve ser definido a partir destas necessidades, mas tendo em vista as condições objetivas que o momento histórico apresenta, para que possamos consubstanciar a proposta possível, dadas as adversidades que nos tem imposto o avanço das forças neoliberais.


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