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Reflexões sobre formação de professores de filosofia à luz da fase teatral de Jerzy Grotowski

Reflections on the formation of philosophy teachers in the light of Jerzy Grotowski’s theatrical phase

Resumo

Este artigo defende que a filosofia é uma prática e, enquanto tal, exige técnicas de trabalho sobre si mesma que deverão ser aprendidas em contextos formativos. Essas técnicas ultrapassam os aspectos da transposição didática dos conteúdos filosóficos, pois além do trabalho conceitual e argumentativo próprio da filosofia, é preciso preparar os licenciandos para a prática docente, o que implica criatividade, corporeidade, uso do espaço e interação com o público. Tudo isso, em certa medida, são práticas típicas da formação de atores. Investigar em que medida os saberes e as práticas próprios à formação de atores podem auxiliar na formação de professores de filosofia é o objetivo deste artigo. No referencial teórico evidencia-se a pouca atenção dispensada pelos teóricos da área para a dimensão prática do ensino de filosofia, isto é, sobre o como fazer filosofia em sala de aula. Para estabelecer a relação entre a formação do ator e a do professor de filosofia, foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos acadêmicos nacionais. Mas, na ausência de textos que abordassem essa temática, buscou-se explicitar algumas correlações entre os saberes e as práticas das artes cênicas e a formação de professores de filosofia a partir da análise de textos da chamada fase teatral do diretor e encenador Jerzy Grotowski. Desse modo, encontraram-se elementos do fazer teatral do referido diretor polonês, como o uso do corpo, do espaço e da voz, que poderão contribuir para a formação de professores de filosofia.

Ensino de filosofia; Teatro; Grotowski

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