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Hoje tem galinhada: o papel das merendeiras na promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada 1 1 Disponibilidade de dados: Todo o conjunto de dados que dá suporte aos resultados deste estudo foi disponibilizado no Repositório Institucional da Universidade de Brasília e pode ser acessado em https://repositorio.unb.br/handle/10482/41845. A publicação recebeu financiamentos através do Edital 01/2020 de apoio à publicação científica discente do Programa de Pós-Graduação em Educação – Modalidade Profissional, como ação derivada do projeto Colonialismo/Colonialidade e educação: cenários de resistência e subordinação; recebeu apoio do edital DPI/DPG/UnB 02/2022 - Apoio à execução de projetos de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação com produção de artigo; do Edital de Seleção PROAP Docentes 2022 do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania – PPGDH.

Today is chicken day: the role of school cooks in promoting Human Rights to Adequate Food

Resumo

O presente artigo apresenta uma leitura sobre as merendeiras como agentes promotoras do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), inseridas na política pública de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) de grande dimensão no Brasil, como parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O Programa possui, dentre suas diretrizes, a Educação Alimentar e Nutricional (EAN), que deve estar inserida no processo de ensino e aprendizagem, perpassando o currículo escolar e ajudando a desenvolver práticas saudáveis de vida. Tem-se como objetivo verificar as potencialidades das merendeiras enquanto promotoras da EAN e do DHAA, a partir de suas narrativas. A entrevista narrativa foi utilizada como abordagem metodológica, com seleção de sete merendeiras que atuam em escolas públicas beneficiárias do PNAE, no Distrito Federal. A narrativa biográfica permitiu entender as experiências e percepções das merendeiras sobre seu lugar dentro da escola e do PNAE. Conclui-se que as merendeiras são protagonistas em potencial no exercício de proporcionar alimentação adequada e saudável e EAN, e trazemos para reflexões lacunas e entraves vivenciados por essas agentes para seu efetivo protagonismo. Como caminhos possíveis, aponta-se a constituição de espaços dentro do PNAE para discursos que não sejam apenas os hegemônicos, mas também daqueles que historicamente não tiveram o mesmo direito à voz e que ajudam a reconhecer e valorizar os papéis das merendeiras, contribuindo com a melhoria do PNAE e da alimentação escolar, fortalecendo a SAN e favorecendo o acesso ao DHAA.

Palavras-chave
Merendeira; Direitos humanos; Alimentação escolar; Políticas públicas; Educação

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